Os grandes marcos para esse período é que já é possível compreender aproximadamente 50% de tudo o que a criança fala. A fala é compreendida tanto pelos familiares quanto por estranhos. Acontece também o início do uso de artigos, plurais, preposições e verbos auxiliares. Além claro, do início da brincadeira com funções sociais (papai/mamãe/filho)

Semântica e léxico
Alguns estudos já contabilizam um incrível número de palavras entre 500 e 1000. Entre as palavras aprendidas estão verbos, cores, sentimentos (triste, medo, alegre), advérbios de lugar e de tempo.
Aprende também a usar o plural, artigos e preposições.

Sintaxe
Com um vocabulário maior, a frase torna-se mais longa (com período simples e compostos com 6 palavras) e a variação temporal (passado, presente e futuro) está presente, porém com desvios na flexão verbal.
Nas frases interrogativas surgem os pronomes QUEM e QUAL.

Fonologia
Nesse período acontece a aquisição do /R/ de rato, rede, carro. Com isso, a criança deve iniciar a produzir esse som nas palavras até que por volta de 3 anos e 6 meses o som seja produzido de forma produtiva na maioria das emissões.

Pragmática
Pede, protesta, nomeia, faz perguntas sobre referentes ausentes, usa expressões sociais para interagir. A função predominante é a informativa.
Na narrativa, relata as ações que estão acontecendo no momento, no presente. É esperado que, ao contar histórias, haja dificuldade de manter a coerência e coesão além de inserir elementos não verdadeiros.
Apresenta mais turnos simples do que expansivos. Se não é entendida, não se auto-corrigem, repete exatamente o que disseram; começa a adaptar a linguagem às necessidades do interlocutor. Por exemplo, fala de forma diferente quando se dirige a bebês, ou crianças muito mais novas que ela, e usa formas indiretas ao fazer pedidos.


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Bibliografia:
Trentini, J. Aprendendo a falar: do gugu-dadá ao mamãe me dá. São Paulo: Much Editora, 2018
Zorzi, JL; Hage, SRV. PROC – Protocolo de Observação Comportamental. São José dos Campos: Pulso, 2004

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